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Conciliar a Fé e a Terapia, é Possível?

Atualizado: 14 de mar.

por Raquel Rocha - Terapeuta Cristã


Enquanto cristão, ser acolhido por um ser humano que trate Deus e sua Palavra de forma relevante, seria tranquilizador.

Esta é uma pergunta difícil de responder, já que somos ensinados que terapia não caminha com nenhuma religiosidade.

No entanto, o mundo relativista e pós-moderno nos deixa, enquanto cristãos, extremamente inseguros. Como vou deixar a minha alma na mão de um profissional que teve uma formação num contexto tão secularizado? Como vou deitar num divã, deixar meu inconsciente trazer dores e traumas, se meu terapeuta teve todo seu treinamento num contexto que nega Deus e sua Palavra? Como vou deixar meu filho adoecido emocionalmente na mão de um profissional que deixa Deus de fora do consultório?

A vida é o nosso bem maior. Enquanto cristão, ser acolhido por um ser humano que trate Deus e sua Palavra de forma relevante, seria tranquilizador. E aqui não estou falando de religiosidade, até porque na história do cristianismo já tivemos vários fracassos. Tivemos uma “santa inquisição” onde interesses políticos eclesiais e espúrios deram lugar a imensas crueldades. Tivemos as “cruzadas” onde guerras foram travadas em nome de Deus.

Estou falando de pessoas que se relacionam com o Pai e que lutam para que o efeito dessa amizade ultrapasse a intimidade pessoal, extrapolando para sua vivência tanto pessoal quanto profissional.


Não estamos aqui, desprezando as demais ciências, pois cremos, como Agostinho, que “toda verdade é a verdade de Deus”, não importando onde ela se encontre. Apenas estamos considerando que o homem é integral, sendo impossível separar sua espiritualidade no setting terapêutico.


Entender tudo isso nos leva a pensar seriamente no papel do Terapeuta Cristão. O que o diferencia dos demais terapeutas que levam em conta apenas as ciências da mente? Ele leva em conta, tanto as ciências humanas quanto os estudos sobre Deus e a sua obra; especialmente sua obra salvadora, através de seu Filho Jesus.


Afinal, não é essa a única e maravilhosa boa nova do evangelho?


“O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade”

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” - João 1: 14; 11 e 12.


Essa é a tarefa do terapeuta cristão: conciliar a fé e a ciência no âmbito terapêutico.

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